Companeros... esto es con lo que me he encontrado en mi viaje a Brasil... propaganda electoral que tiene a la izquierda por el suelo y un presidente que solo dice no saber de nada cuando se le encaran las acusaciones de corrupcion... a continuacion va un resumen de la reciente entrevista que por fin se atrevio a dar luego de las acusaciones... a pesar de estar en portugues, no creo que sea muy complicado de entender, y se que tendran mas de una linea para escribir al respecto... Saludos a todos...
Carolina Cortes R.
No 'Roda Viva', Lula nega existência do 'mensalão' e do dinheiro de Cuba, diz ter sido traído no PT, critica a oposição e defende José Dirceu
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira, em entrevista ao programa "Roda Viva", da TV Cultura, que não existe o suposto "mensalão" e avaliou que o deputado federal José Dirceu (PT-SP) será cassado pelo Congresso - sem provas, mas por "motivos políticos". Além de defender Dirceu, Lula criticou a oposição, principalmente o PFL, e se disse "traído", mas mais uma vez sem citar nomes.
A entrevista foi gravada durante o dia no Palácio do Planalto. O jornalista Paulo Markun conduziu o programa, que teve como entrevistadores antigos apresentadores do programa. A entrevista durou cerca de 1h45min e foi mostrada às 22h30 desta segunda. Não foi ao ar ao vivo, segundo Markun, porque o Planalto não tinha infra-estrutura para isso.
Lula começou lembrando o jornalista Vladimir Herzog (ex-diretor de jornalismo da TV Cultura, morto há 30 anos pela ditadura militar). Disse que a entrevista se tratava de um "momento histórico" e que estava com as pernas trêmulas de emoção. "Quase que eu desmaio", brincou.
Responsabilidade
Questionado se, como presidente, tem responsabilidade na crise política e nas denúncias envolvendo o governo, Lula disse que sim, simplesmente pelo fato de ocupar o cargo. "Não tem como dizer que não tem responsabilidade, tem de mandar apurar."
Ele lembrou que o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que fez as denúncias do suposto "mensalão", não provou as acusações -só o que foi provado até agora foi o financiamento irregular de campanhas, uma prática que "contraria a história do PT" e que está sendo apurada pelas CPIs em andamento no Congresso, segundo o presidente.
Sobre a ocasião em que Jefferson o teria alertado da existência do "mensalão", Lula disse que ela existiu, sim, mas não da maneira como o ex-deputado relatou à imprensa. Segundo Lula, o então ministro José Dirceu não participou da reunião - apenas o petebista Walfrido Mares Guia, ministro do Turismo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), então líder do governo no Congresso, Aldo Rebelo (PCdoB), então líder na Câmara, e o então líder do PL, Valdemar Costa Neto. Lula disse ter pedido a Chinaglia e a Rebelo que apurassem o que havia, e que eles disseram se tratar de uma "obra de ficção".
"Pelo que consta, até agora não foi provado que exista mensalão", disse Lula. O presidente também negou que tenha chorado no encontro, conforme relatou Jefferson. Mares Guia teria até brincado depois com Lula, dizendo que o presidente "chora muito contido", pois ele nem percebeu.
Lula disse que não é possível a um presidente fazer política só com o "disse-me-disse". Mais de uma vez, ele disse que é necessário agir com calma e esperar as apurações até o fim. Lembrou que há três CPIs em funcionamento apurando os casos, e que o governo não está tendo "ingerência" nelas.
Segundo Lula, as denúncias têm de ser feitas e precisam ser apuradas. Ele disse ter o sonho de "passar o Brasil a limpo" e citou como exemplo a Operação Mãos Limpas, na Itália. Ele também negou que o governo esteja agindo para barrar a criação de CPIs e atrapalhar as investigações.
Impeachment
Questionado sobre a ameaça do PFL de pedir seu impeachment, o presidente rebateu dizendo não saber se o partido tem "autoridade política" para pedir o afastamento. Ele lembrou a afirmação do senador Jorge Bornhausen de que o PT era uma "raça" da qual o país precisava "se livrar". Foi, segundo Lula, uma declaração que deixou a sociedade democrática brasileira "atônita".
Lula disse ver com preocupação algumas supostas afirmações da oposição de que é preciso "impedir que ele seja candidato". "Eu acho hilariante o PFL pensar em pedir impeachment. Qual e a prova?", terminou.
José Dirceu
Sobre o processo de cassação do mandato de Dirceu, que tramita na Câmara, Lula disse que avalia que o deputado será, sim, cassado, mas "por uma decisão eminentemente política".
Ele lembrou que, em cinco meses de apurações, Dirceu foi acusado de montar uma "quadrilha" para arrecadar e distribuir o "mensalão", mas que não foram encontradas provas concretas contra ele. "Eu tenho certeza de que não teve mensalão", disse Lula. Na avaliação de Lula, "politicamente, o Congresso está condenado a cassar o Zé Dirceu".
Lula disse que, quando surgiram as denúncias do caso Waldomiro Diniz, no começo de 2004, ele insistiu em que Dirceu, então ministro-chefe da Casa Civil, ficasse no governo. Posteriormente, com o agravamento das denúncias, Lula disse ter sugerido a Dirceu que ele retomasse o mandato de deputado federal, para defender o governo no Congresso. Lula fez questão de elogiar o aliado: "Feliz do país que tem um político da magnitude do José Dirceu", disse.
Cuba
Questionado, Lula negou veementemente as acusações, veiculadas pela revista "Veja", de que sua campanha teria recebido dinheiro do governo de Cuba. "Eu conheço o miserê que Cuba está vivendo, eu não posso acreditar que Cuba tenha dinheiro para dar."
Lula disse que não pode dar palpite sobre a política cubana, mas, se dependesse dele, Cuba viveria em um regime "mais democrático", como o que temos no Brasil.
Traição
Sem citar nomes para não fazer "pré-julgamentos", Lula revelou que se sentia traído pelos petistas envolvidos no caso de financiamento irregular de campanha. "Eu sei o que passei para criar esse partido, eu saía de São Paulo para o Acre para fazer comício para duas pessoas. Em 82 eu vendia camiseta na campanha", desabafou.
No entanto, Lula negou que sua campanha tenha sido paga com dinheiro de caixa dois. "Você acredita nisso?", perguntou a um dos entrevistados. Ele disse que todos os recursos de sua campanha foram registrados legalmente.
Sobre o dinheiro que, segundo Jefferson, teria sido entregue ao então presidente do PL, Valdemar Costa Neto, Lula diz que ele não entrou em sua campanha. "Já tinha acabado a eleição para deputado, era uma eleição tète-à-téte entre Lula e Serra." Segundo Lula, houve acordos para que parte do arrecadado fosse entregue aos partidos aliados, proporcionalmente às bancadas.
Lula disse que o dinheiro irregular arrecadado por Delúbio foi usado em campanhas petistas à prefeitura, não em sua campanha à Presidência. Sobre o dinheiro pago ao publicitário Duda Mendonça, que fez a campanha de Lula à Presidência, afirmou que o caso está sendo investigado pela CPI, e que Duda é quem deve prestar contas desse dinheiro.
O presidente afirmou que, apesar da crise, os partidos aliados continuam na base governista. "Se pessoas desses partidos cometeram irregularidades, elas serão punidas", explicou.
Reeleição
O presidente garantiu ainda não ter decidido se vai ser candidato à reeleição em 2006. Ele não considera uma suposta decisão de não se candidatar uma espécie de "renúncia branca". O presidente afirmou que só vai decidir se se candidata em "janeiro, fevereiro, março" do próximo ano.
Lula disse que, por princípio, é contra a reeleição. Segundo ele, em muitos casos, ela não vale a pena. Ele alfinetou o presidente FHC, que, para ele, fez um bom primeiro governo, mas complicou-se no segundo, mesmo caso do presidente dos EUA, George W. Bush, e de alguns governadores brasileiros.
Para Lula, só vale a pena se candidatar se ele tiver uma boa aliança que lhe garanta maioria no Congresso. Ele reafirmou que nunca disse que é candidato à reeleição, "nem mesmo à dona Marisa", a primeira-dama.
Economia
O presidente voltou a listar os resultados positivos da economia, com crescimento do PIB, do superávit primário, da balança comercial e do nível de emprego. Questionado sobre a queda dos juros, ele lembrou que ela já começou. Questionado sobre o ritmo dessa queda, Lula bateu na tecla de que governos anteriores foram "irresponsáveis" ao criar planos econômicos que eram soluções imediatas, mas, a médio prazo, criavam mais instabilidade. O presidente voltou a insistir na estabilidade e na responsabilidade da equipe econômica e nos resultados que ela está conseguindo.
Reforma política
Lula disse que, para evitar futuros problemas com caixa dois em campanhas eleitorais, é necessário aprovar o financiamento público de campanha, com a proibição do uso de recursos privados, além de outros pontos da reforma política, como a fidelidade partidária.
O presidente disse ter enviado ao Congresso alguns pontos da reforma para votação, mas que ainda não foram aprovados porque houve resistências dos partidos. "Aí, não tem o que fazer. O Congresso tem soberania para votar."
Filho
O presidente negou que haja irregularidades no contrato de R$ 5 milhões fechado entre a Telemar (que tem, em sua participação acionária, fundos de pensão estatais) e a empresa de seu filho Fábio Luis da Silva. Lula disse que seu filho não deve ser beneficiado pelo fato de seu filho, mas que também não deve ser prejudicado.
Referendo
Para Lula, a oposição tentou tranformar o referendo sobre a venda de armas de fogo em uma derrota do governo, avaliação com a qual ele não concorda. Para ele, o governo foi vitorioso ao conseguir aprovar o Estatudo do Desarmamento e ao diminuir os índices de assassinatos. Ele lembrou que o referendo foi convocado pelo Congresso, não pelo governo. Finalmente, Lula admitiu que a campanha publicitária do "não" foi superior à do "sim".
Programas sociais e imprensa
Lula defendeu programas sociais como o Primeiro Emprego, o Bolsa Família e o Fome Zero. Ele se queixou que a imprensa, muitas vezes, não noticia as realizações positivas do governo.
Segundo Lula, todo mundo tem uma relação de "amor e ódio" com a imprensa. Ele contou que aprendeu a conviver com uma imprensa que não fala bem dele. "A gente tem de viver com a imprensa como ela é."
Criticado pelo fato de não dar entrevistas, Lula negou que seja um presidente de difícil acesso. No entanto, assumiu o compromisso de que vai reconsiderar sua política de não dar coletivas mais freqüentes.
O presidente também elogiou a atuação da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Ele disse que, ao assumir, o ministério e o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) estavam sucateados, mas agora estão sendo reestruturados.
Lula voltou a defender o projeto de transposição das águas do rio São Francisco. Ele disse que tem o objetivo de levar a transposição ao fim -apesar de ela não ser uma processa de campanha- por julgar que é uma medida importante para melhorar as condições de vida da população do semi-árido nordestino. Ele negou também que o protesto do bispo de Barra (BA), dom Luiz Flavio Cappio, tenha atrasado o início das obras.
Caso Celso Daniel
Questionado sobre o assassinato de Celso Daniel (prefeito petista de Santo André morto em 2002), Lula afirmou acreditar em crime comum. Ele afirmou que sua opinião embasa-se nos inquéritos das polícias Civil e Federal.
Sobre os irmão de Celso, Lula disse que, em 20 anos de amizade, nunca os conheceu, o que leva a crer que eles não teriam muita intimidade com o prefeito.
Viagens
Lula criticou quem diz que ele viaja pelo mundo porque "não gosta de trabalhar". Ele lembrou seus anos de metalúrgico e disse que, mesmo naquele tempo, nunca trabalhou tanto como agora, que é presidente.
"Só quem não sabe o que é uma viagem como presidente pode dizer que não é trabalho." Para mostrar os resultados dessas viagens, Lula citou os dados da balança comercial.
Mesmo sem ser questionado, Lula fez questão de falar sobre a compra do avião da Presidência, apelidado pela oposição de "Aerolula". Ele frisou que se trata de um patrimônio da Presidência, não dele. "Quando eu terminar o meu mandato eu vou levá-lo para casa?", ironizou.
Lula disse que as críticas sobre a compra do avião foram "hipocrisia". "O que não podia é o país continuar com o Sucatão (antigo avião da presidência), que era uma vergonha", disse. Ele citou também a reforma do Palácio da Alvorada, que, segundo ele, era necessária, também por se tratar de um patrimônio da humanidade, e que foi bastante criticada.
Crise no PT
Sobre a crise aberta no PT com as denúncias, Lula afirmou confiar no poder de recuperação do partido. "Eu confesso que não sei por que as pessoas se encaminharam para esse caminho", desabafou. "O que levou um dirigente como Delúbio a terceirizar campanhas."
Lula lembrou o comparecimento do partido ao processo eleitoral interno que elegeu Ricardo Berzoini presidente da leganda. "O partido tem mais arranque que o Carlos Tevez (atacante do Corinthians)", brincou. "As pessoas resolveram recuperar o patrimônio que criaram."
Lula disse que o PT não tem medo de punir seus membros, e que precisa fazer isso para voltar a ser uma referência ética na política. "Do jeito que está aí, se pudesse ter candidaturas fora de partidos, no ano que vem teríamos um grande banzé na eleição."
No final do programa, questionado se valeu a pena ser presidente, Lula respondeu que sim. Ele voltou a citar os dados positivos da economia e os programas sociais e disse ter "consciência tranqüila".
"Ser presidente da República é ter problemas, e eu estou preparado para resolver esses problemas, até porque não existe problemas sem solução", concluiu Lula.
miércoles, noviembre 09, 2005
Suscribirse a:
Comentarios de la entrada (Atom)
2 comentarios:
no entiendo ninguna cuestionsinha....saludinhos..
se entiende pero poco, en concreto Lula es un traicionero...
Que buena Carola, pasalo bien y cuando llegues nos vemos... saludos.
Publicar un comentario